Início | Sobre Mim
Desde a infância, eu sempre fui uma criança que demandava muito da minha família em termos de cuidado, sempre muito agitada, vivia machucando, faladeira, curiosa, muito extrovertida, dormia pouco e brincava muito. Digo que demandava muito, pois a realidade era dura para ter uma criança que precisava de cuidados que ainda não se entendia na época. Atualmente, poderíamos fazer vários diagnósticos, dentre eles, o famoso TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), entre outros.
No entanto, tive a grande sorte, se é que podemos dizer assim, de ter a mãe e todas as mulheres que tive em minha volta, além dos profissionais que cuidaram dela, de mim e por isso, de nós duas. Foi com a orientação da psicóloga do postinho do bairro e das recomendações do pediatra, além de todo conhecimento adquirido ao longo da vida dessas mulheres, mesmo em um contexto permeado de dificuldades, minha mãe, tias, vizinha, madrinha e várias outras mulheres, puderam me amar, cuidar e oferecer tudo aquilo que era possível.
Então, toda energia e caos que acontecia dentro de um corpinho, ainda em desenvolvimento, foi sendo conduzido para esportes, jazz, atividades envolvendo psicomotricidade, leituras, rotina, organização etc. Então, ao longo do tempo, mesmo sem ter um diagnóstico, o cuidado e eu resumo em ‘’amor’’, principalmente, das mulheres e da psicóloga que terei um enorme carinho e gratidão pelo resto da minha vida, redefiniram a a direção da minha história, sem nem imaginar o que seria do meu desenvolvimento infantil sem tudo isso.
Todo o cuidado oferecido me facilitou poder olhar de forma mais carinhosa e cuidadosa comigo mesma, aprendendo a criar estratégias para enfrentar cada adversidade de cada etapa da vida. Imagino que, a escolha pela profissão comece a ficar óbvia por aqui. Todo o amor que me foi oferecido, desde as aulas de artes na antiga quinta série que me despertaram a curiosidade para entender o que era a psicanálise, até às influências de técnicos dos esportes que pratiquei, a experiência de ter sido líder em diferentes contextos na adolescência, entre várias outras possibilidades que convergiram na decisão, ainda muito cedo, de fazer psicanálise e psicologia.
Ao longo da minha história passei por diferentes psicólogas, mulheres claro, as quais tenho um enorme carinho, tenho muitos anos de psicoterapia pessoal individual, mas em uma das experiências também fiz em grupo de mulheres, o que me transformou profundamente poder sentir na pele a nossa força juntas, definitivamente, uma das melhores experiências de toda a minha vida. Além de vários trabalhos voluntários com mulheres na sua maior parte, por que estar com as mulheres sempre fez muito sentido pra mim. Assim, posso dizer que, a psicanálise e a psicologia não são escolhas, simplesmente, profissionais, mas da história da minha vida inteira. Hoje, trabalhar com mulheres é, de alguma maneira, poder agradecer e proporcionar a elas todo o cuidado que um dia eu recebi.
Minha ferramenta de trabalho é sustentada, principalmente, na psicanálise Winnicottiana, uma abordagem a qual o seu autor teve como primeira formação, a pediatra, vejamos aqui que na nossa história nada é por acaso, os cuidados proporcionados por um pediatra me impactam profundamente, assim como de outros profissionais da saúde, sem dúvidas. Gostaria de contar também que tive diferentes relacionamentos amorosos, conheci alguns homens de perto, mas foi com um deles, um profissional da saúde é claro(‘'haha’'), que vivemos juntos por alguns anos e posso dizer que foi um dos grandes amores da minha vida, mas o relacionamento chegou ao fim, nos separamos, mas o amor não acaba aqui.
A psicanálise também foi decisiva nesse momento de separação, e também em outros momentos da fase adulta, falarei apenas de alguns como: já me adoeci gravemente com um câncer no útero e sofri um luto muito difícil com a morte de meu pai. Com essas experiências reforcei, em cada uma delas, sempre acompanhada pela minha psicoterapeuta que fez toda a diferença, que o amor é revolucionário, na vida e na morte, na saúde e na doença, dentro de relacionamentos amorosos ou solteira, com a sua família, com suas amizades, com seu trabalho, com seus hobbies, com a sua arte e essa lista pode ser infinita…pois o que realmente importa é o que fazemos com a nossa história, o quanto de respeito cultivamos por ela, o quanto de amor alimentamos ela. Por fim, eu digo e sinto todos os dias da minha vida que o amor cura!
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